sexta-feira, 27 de maio de 2011

Zona de Conforto

Devo o crédito do título de hoje a um palestrante do BOPE (isso mesmo, o mesmo BOPE do filme Tropa de Elite). Ele me fez lembrar uma discussão que tive o ano passado com uma tia sobre o tema...

Sempre tive receio da zona de conforto. Primeiro porque ela é gostosa, aconchegante, tranquila, quase igual a nossa cama em um dia de frio quando temos que levantar cedo para trabalhar, ou seja, muito difícil de sair. Segundo porque a zona de conforto é limitante, preguiçosa, perigosa, dentre muitas outras características. Sendo assim como trabalhar com um estado de espirito que é confortável mas ao mesmo tempo limitador?

Antes do João Paulo nascer estava sempre me policiando para não deixar ficar muito tempo na zona de conforto e sempre vigiando para também não ficar somente na zona de desconforto pois isso também pode acabar gerando muito stress. Mas depois que ele nasceu, e confesso que só pensei nisso depois de ouvir o termo novamente na palestra, vi que com filho vivemos eternamente na zona de desconforto.

Acho que são tantos os motivos (e olha que ele tem somente 8 meses) que daqui a alguns anos vou perder a conta...é o sono, o lazer, o cinema, a academia, a preguiça, a preocupação, a babá, a empregada, o supermercado, o marido, o namoro, os amigos, as conversas, os cochilos, as bebidas...são tantas coisas que acontecem ao mesmo tempo que não dá tempo (parece um trocadilho) de ficar na zona de conforto.

Então sempre que tenho as poucas oportunidades tento entrar na zona do conforto (quem diria hein!). Por exemplo, as viagens a trabalho podem ser ótimas para dormir bastante, o vinho depois que ele dorme, uma festa em que eu possa deixá-lo com a babá, a ajuda da minha mãe...e assim por diante!

Então amigas sem filhos, aproveitem e vivam ao máximo na zona de conforto porque daqui a pouco sua vida boa e tranquila vai se transformar em um campo de batalha cheio de pegadinhas, torturas, trabalho, sujeira, discussões, armadilhas! Mas o bom dessa guerra é que há muito amor e o amor é capaz de nos transformar.

Beijos e saudades
Paula

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